Belém Novo

SOBRE O BAIRRO

Belém Novo é um bairro da zona sul da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Foi criado pela lei 6893 de 12 de setembro de 1991.

Belém Novo é uma variação do nome do arraial, cuja primeira sede foi o bairro Belém Velho. Em 1867, um grupo de moradores solicitou a mudança da freguesia, que passou para uma área às margens do Guaíba. Desta maneira, em 1873, a Presidência da Província, a partir de um projeto de cunho urbanístico realizado por engenheiros, autorizou a mudança da Freguesia. Em 1876 tem início a construção da Igreja local, finalizada 8 anos depois e denominando-se Nossa Senhora do Belém Novo. No decorrer da construção, em 1880, o presidente da Província efetiva a transferência da freguesia, denominando-a de “Arado Velho”.

Porém, enquanto o entorno do centro de Porto Alegre passava por processo de modernização e urbanização, Belém Novo, em conseqüência de seu difícil acesso, manteve uma caracterização agrária, principalmente pelo grande número de chácaras mantidas por pequenos agricultores e famílias abonadas, que possuíam casas de veraneio junto à tranqüilidade bucólica que o local apresentava. Somente em 1933 Belém Novo passou a ser uma local de fácil acesso, em função da conclusão de uma rodovia que o ligava ao centro da Capital. Apesar de seu histórico, Belém somente veio a integrar-se oficialmente enquanto bairro no ano de 1991, através da Lei 6993.

No entanto, cabe ser destacada a importante função desempenhada pela localização de Belém às margens do Guaíba, garantindo para região o desenvolvimento da pecuária e agricultura, bem como o estabelecimento de sede campestre para inúmeras instituições, como a da AJURIS, Grêmio Náutico Gaúcho e da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Além destas, estão situados no bairro o Clube Náutico Belém Novo e da Confederação Brasileira de Golfe, bem como o Aeroclube do Rio Grande do Sul, que abriga a Escola de Aviação Civil.

Praças
  • Praça Almerindo Lima
  • Praça Anita Zandwais
  • Praça Detroit
  • Praça Inácio Antônio da Silva
  • Praça Inácio Martins da Silva
  • Praça João Batista Lessa
  • Praça José Comunal
  • Praça Malaquias José de Souza
  • Praça Paula Maciel de Oliveira
  • Praça Waldemar César

 

Educação

Limites atuais

Da foz do arroio da Guabiroba, segue a montante do mesmo até a Estrada da Ponta Grossa; por esta estrada até encontrar a estrada Retiro da Ponta Grossa; indo por esta última até a Avenida Juca Batista; desta esquina, segue pela estrada Chapéu do Sol até a Estrada Francisca de Oliveira Vieira; por esta estrada, vai até o encontro do outro segmento da estrada Chapéu do Sol; e, por esta, segue até a Avenida do Lami; pela Avenida do Lami, com sentido leste, vai até a Estrada Boa Vista; por esta estrada, seu trecho retificado e seu prolongamento, sempre em linha reta, vai até o orla do lago Guaíba; por esta vai até a foz do Arroio da Guabiroba, passando pelas Pontas dos Coatis, do Arado e da Cuica, incluindo a Ilha Francisco Manoel.

História

(leia mais em “Museu do Bairro” e em “Mandamos para o Museu”, aqui no site)

Obedecendo ao decreto nº 4129 de 28 de março de 1868, foram demarcados os limites do Distrito de Belém Novo, cujo traçado permanece até hoje, retangular, implantado a partir da borda do Rio Guaíba, tendo como elementos centrais a praça e a igreja.
O bairro já teve seus dias de ouro, como os mais antigos bem sabem. Nos anos 40/50 nosso bairro era a principal opção para o veraneio portoalegrense.

Os meses de janeiro e fevereiro eram uma festa só, com bandas de música, carrossel, tiro ao alvo, pescaria de prêmios, dedicatórias pelo alto-falante, nos intervalos entre as músicas “Lencinho Branco”, com Dalva de Oliveira, “Jardineira” e outras. As moças da época ficavam aguardando alguma dedicatória musical, andando pela calçada da igreja. Havia dois cinemas, o Belgrano, na Heitor Vieira, e o Cine Arte, na Pça. Inácio A. da Silva. As casas de espetáculo apresentaram peças teatrais e a Hora do Pato, um concurso de calouros que acontecia sempre aos domingos após a missa da 10h. Durante a 2ª Guerra Mundial o transporte para o centro era feito por um único ônibus a gasogênio, devido ao racionamento de combustível.

Havia o Grêmio Esportivo Belém Novo, com seu campo na Jorge Mello Guimarães e a sede social na Heitor Vieira, onde aconteciam os bailes à noite. Agremiação que conquistou importantes títulos e disputou vários campeonatos.
Também surgiu em 1954 o Grupo Artístico Belenense, que por muito tempo difundiu a cultura teatral em nossa comunidade.
Houve o Grupo de Patinação, que começou no pavilhão da igreja e depois se transferiu para o Barracão do Arado Velho, onde hoje está o CTG Lanceiros da Zona Sul.
(Jornal o Belendrino – dez/1995).

 

A fundação de Belém Novo

Em 12 de outubro de 1867, mediante Lei Provincial nº 616, definiu-se a mudança da sede da Freguesia de Belém Velho, para a margem direita do Rio Guaíba, no lugar chamado Morrinho, onde foi o Hotel Cassino e após a sede da Associação do Supermercado Real. A planta da nova povoação foi feita pelo engenheiro de obras públicas, Dr. Antônio Mascarenhas Teles de Freitas. Tal projeto foi aprovado pelo Presidente da Província e pela Câmara Municipal, após leis posteriores que ampliaram e reforçaram as quantias em contos de réis para a desapropriação das terras necessárias à transferência da freguesia.

Acontece que o local denominado Morrinho, em que ainda existe a casa, sede da fazenda, de propriedade do falecido “Aranha”, recentemente havia sido adquirida pelo Sr. Inácio Antônio da Silva (1868). Conforme a escolha feita, a praça da nova igreja e povoação deveria ficar no lugar em que então havia a olaria, da qual não existem mais vestígios e hoje se encontra a Sociedade Polônia e dali para o sul, abrangendo diversas colônias de férias e praias particulares atuais. Como o local escolhido ficaria nas proximidades da casa, o então proprietário, Inácio Antônio da Silva e sua esposa Ana Correa da Silva, propuseram em 28 de outubro de 1875, a doação das terras em local afastado da sede da fazenda, mediante o seguinte compromisso:

“Nós, abaixo assinados, nos comprometemos, com a Câmara Municipal, a fazer doação gratuita e pelos meios legais, do terreno necessário para a construção da igreja e respectiva praça, para o império e cemitério da nova sede da Freguesia de Belém, contanto que esta se estabeleça em terras situadas ao norte da casa que nós ocupamos como justos senhores e possuidores que dela somos, devendo-se para este fim abandonar uma planta que o Governo da Província fez levantar em um dos anos anteriores, e que dava à sede da freguesia uma situação diferente da que acima aludimos.”

No mesmo dia, foi escrito um manifesto ao Presidente da Província, assinado por 153 moradores, os quais eram os que ali, mais influência tinham por seus haveres, por sua probidade e zelo pela prosperidade do distrito, sendo que, entre eles, cidadãos que exerciam cargos de eleição popular, e de nomeação por poder público. O manifesto tratava de repúdio à oferta feita pelo proprietário das terras, visto que a localização dos terrenos não reunia condições adequadas para o desenvolvimento de uma comunidade, porque tratava-se de terras muito baixas e próximas ao rio. Alegavam os manifestantes que, na proposição inicial, teriam condições até mais saudáveis de sobrevivência, visto à altitude do local.

Enviados os manifestos à Câmara Municipal, a mesma repassou a decisão ao Presidente da Província, que, em 18 de março de 1876, mandou fazer um levantamento de ambos os lugares, aceitou a oferta de Inácio Antônio da Silva e as ponderações dos moradores das margens do Guaíba. Em 1º de julho de 1876, efetuou-se a escritura pública de doação gratuita dos terrenos, no cartório do tabelião Bento José de Faria, como segue:

“Quatrocentos metros em quadro de terreno de sua propriedade, sito no lugar denominado Arado Velho, na margem do rio Guaíba, com frente ao rio, para fundação e estabelecimento da Freguesia de Nossa Senhora de Belém, sendo duzentos metros em quadro para uma praça, 25m de frente e 50m de fundo para a Igreja Matriz, que será colocada no fundo da praça e com frente ao rio, contando-se 100m da porta principal dela para cada um dos dois lados da praça, 15m para edificação do império ao lado da igreja com os mesmos fundos, 15m para edificação da casa para moradia do pároco do outro lado da igreja e com os mesmos fundos dela, e 15m em seguida a esta para a escola pública e com os mesmos fundos da igreja, e finalmente, 150m em quadrado para a construção de um cemitério público, na segunda colina ao norte do local destinado para a praça da igreja, tudo segundo planta existente e declaração pelos doadores, assinada em 28 de outubro do ano passado, cujos terrenos avaliam todos na quantia de três contos de réis, e que pela presente escritura e muito ao seu contento fazem doação gratuita de todos aqueles terrenos à Província para mudança e estabelecimento da Freguesia de Nossa Senhora de Belém”.

Assim, no mesmo ano, na presença do Presidente da Província e autoridades, foi lançada a primeira pedra para a construção da Igreja Matriz, ficando a sede da povoação entre as terras de Antônio Inácio da Silva e o “Morro do Malandro”, atual Veludo.

Após ato oficial eclesiástico, o que na época do império era fundamental, entraram em vigor todas as deliberações. Julgados insuficientes os terrenos da doação, em 1879 foram feitas subscrições em dinheiro para a compra de mais terras nas proximidades da igreja, que foram aforados, mas que no decorrer do tempo, até a época atual, já causaram muitos desentendimentos. 

(Condensado do Correio do Povo de 11/02/1973).

 

Fontes:

Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bel%C3%A9m_Novo

História dos bairros de Porto Alegre – Pesquisa do Centro de Pesquisa Histórica vinculada a Coordenação de Memória Cultural da Secretaria Municipal de Cultura
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAxV4AJ/historia-dos-bairros-porto-alegre

Portal Social
http://doacoes.portalsocial.org.br/Instituicoes/Instituicao.aspx?IDInstituicao=1336

 

Serviços

Brigada Militar- Cia Belém Novo – Cavalhada
Endereço: Av. Juca Batista, 7570 – Cavalhada, Porto Alegre – RS
Telefone: (51) 3268-0478

Bombeiros Batalhão Cel Angelo – Belém Novo
Endereço: Rua Florêncio Farias, 1260 – Belém Novo, Porto Alegre – RS
Telefone: (51) 3259-1238

Delegacia de Polícia Civil-7ª Dp – Belém Novo
Endereço: Av Heitor Vieira, 410 – Belém Novo, Porto Alegre – RS
Telefone: (51) 3259-1022

Tabelionato – Ofício Distrital de Belém Novo
Endereço: Rua Dr Cecílio Monza, 11040 – Belém Novo, Porto Alegre – RS
Telefone: (51) 3259-1088

Unidade Básica de Saúde Belém Novo
Endereço: Rua Florêncio Farias, 76, Belém Novo, Porto Alegre – RS
Telefone: (51) 3259-1247

Viação Belém Novo S.A.
Endereço: Av. Beira Rio, 175 – Belém Novo, Porto Alegre – RS
Telefone: (51) 3245-8200
* para consultar horários das linhas, acesse o site do STS (Sistema Transportador Sul): http://www.sts.com.br ou os links da seção “HORÁRIOS DE ÔNIBUS” aqui no site.

Lotação Belém Novo (ZSul)
Telefones: (51) 3266-8140 / 98060-1896
Para consultar os horários e itinerário da linha, acesse o site da ATL (Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação de Porto Alegre): http://atlpoa.com.br/itinerarios/54 . Para informações ou reclamações, ligue gratuitamente para a EPTC: 156 – opção 1.

 

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